ABRAÇA PAI: Pais atípicos passam a ser acompanhados pela Coordenação PcD, para promover o bem-estar em família

Homens participam de terapia em grupo no Centro Dia, ligado à Semas e tem acompanhamento através de um trabalho intersetorial.

A Prefeitura de Campina Grande, através da Coordenação da Pessoa com Deficiência (PcD), ligada à Secretaria de Assistência Social (Semas), acompanha pais atípicos, dentro do Projeto ‘Abraça Pai’, para a promoção integral do bem-estar no núcleo familiar de PcDs, acompanhados pelo serviço. Assim, os pais passam por terapias em grupo e tem o acesso facilitado aos serviços de saúde e mercado de trabalho, através de atividades intersetoriais.

Conforme a Coordenação PcD, o Abraça Pai surgiu em 2023 como uma extensão do Programa Colo Pra Mãe, assim como do Projeto ‘Entre Irmãos’, voltado ao cuidado de irmãos atípicos. A ideia é dar todo o suporte necessário para a saúde mental e física dos pais, com trabalhos de terapia em grupo, quinzenalmente, com um psicólogo do Centro Dia, onde as sessões acontecem, além de facilitar o acesso a outros serviços públicos, como uma ponte junto a Secretaria de Saúde e o Sine Municipal, para empregabilidade.

Um dos pais que participa do Projeto é Elieldo Quintano, de 38 anos, pai de dois filhos, de 7 e 15 anos, o mais velho, que tem autismo, é acompanhado pela Coordenação PcD, assim como a esposa de Elieldo, que é deficiente visual. O homem conta que integra o Abraça Pai desde o começo do Projeto, quando foi demitido da empresa que trabalhava e estava entrando em um início de depressão.

“Para mim é muito importante fazer parte dessa terapia em grupo, porque me aproxima mais da minha realidade e me faz sentir mais próximo da minha família, pois eu passo a enxergar também o lado deles que tem deficiência, e passo a ajudá-los melhor em casa e na convivência, além de que eu também me sinto cuidado por esse lugar e sei que posso contar com a ajuda de todos daqui”, disse o pai.

Edna Silva, coordenadora PcD, enfatizou que a mudança nos pais que são acompanhados é notável. “Eles estão mais pacientes, mais carinhosos, mais proativos e conseguem entender muitas vezes, a ausência ou a lacuna da atipicidade dos filhos e das esposas, principalmente porque a maternidade pode requerer mais, e quando esses pais entendem isso, e tem nosso apoio também, toda a família se fortalece cada vez mais”, concluiu a coordenadora.

Codecom

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