Dia Nacional do Artesão: Prefeitura de Campina Grande incentiva produção artesanal e empreendedorismo por meio de oficinas

Atividades são coordenadas pela Semas e realizadas por meio dos Cras, Coordenação da Pessoa com Deficiência e da Unidade de Acolhimento Irmã Zuleide Porto.

Na data em que é comemorado o Dia Nacional do Artesão (19 de março), a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), analisa os avanços no incentivo ao empreendedorismo por meio de oficinas de artesanato, desenvolvidas com usuários dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras), do Jeremias e do distrito de Galante. As oficinas também são desenvolvidas pela Coordenação da Pessoa com Deficiência (PcD) e na Unidade de Acolhimento Irmã Zuleide Porto.

Entre os trabalhos desenvolvidos estão as atividades em crochê, fuxico, confecção de laços, peças em E.V.A. e os artigos em couro, entre outros. Com isso, os usuários que participam dos serviços têm conseguido gerar renda extra, desenvolver habilidades artesanais, além de integrar suas atividades com a terapia ocupacional. No Cras Jeremias, por exemplo, essa atividade tem feito o diferencial no dia a dia de usuárias, que se tornaram artesãs e empreendedoras, mas, sobretudo, mulheres que também buscavam apoio emocional e encontraram uma excelente terapia nesta técnica.

“Nosso público é formado por mulheres empreendedoras, outras com depressão e também por adolescentes, que vieram com o intuito de trabalhar sua hiperatividade, sua atenção. Os depoimentos dessas mulheres são nosso maior motivo para continuarmos com esse trabalho. A ideia é que elas se sintam bem enquanto estão produzindo. Não é apenas produção, e sim uma troca de saberes. Trabalhar a autoestima delas nos deixa com um sentimento de gratidão”, ressaltou a coordenadora da Unidade, Kátia Suzana.

As atividades, realizadas por meio das oficinas, além de alcançar o público feminino, através dos grupos de mulheres dos Cras, também contemplam homens, por meio da Unidade Irmã Zuleide Porto. Nela, os usuários do espaço desenvolvem peças artesanais com madeira e gesso, por exemplo. O estímulo ao artesanato no local motiva os acolhidos a realizarem vendas para se reestruturar, melhorar a autoestima e terem uma ocupação física e mental no dia a dia da unidade.

Genilda Bezerra, artesã com 47 anos de idade, faz parte do Programa Colo Pra Mãe (Centro Dia). Hoje, ela já consegue renda extra, a partir do trabalho com laços e crochê na Unidade. “Eu já peguei várias encomendas, como tapetes, bolsas, cachecol. Hoje posso dizer que sou mãe atípica, mas também sou artesã, graças a essas oficinas. Agora eu tenho uma renda extra e posso me orgulhar de ter algo que é meu. Esse incentivo, por parte da Semas, é muito importante para a gente”, disse Genilda.

Para Cione Nóbrega, coordenadora do Cras Galante, acompanhar a evolução dos usuários só reforça o compromisso da Prefeitura de Campina Grande em cuidar das comunidades. “Apesar do Cras não oferecer cursos e fazermos somente encaminhamentos, nós trazemos nas oficinas de artesanato uma ponte para incentivar, ainda mais, os usuários a trabalharem temáticas e terem uma renda. Muitas de nossas integrantes do grupo de mulheres, por exemplo, já conseguem viver disso após aprenderem as atividades no Cras”, destacou a coordenadora.

Oferta das Oficinas

Para participar das oficinas nos Cras e demais atividades, o público deve fazer parte dos serviços ofertados pelas unidades e ainda aguardar a oferta de vagas, por turmas. Os instrutores são todos voluntários. São colaboradores da Semas (que sabem trabalhar com artesanato) e também usuários que desejam repassar seus conhecimentos durante as oficinas.

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