ETARISMO: Prefeitura, em parceria com a UEPB, realiza ação no CMCI para alertar pessoas idosas contra os vários tipos de preconceitos

Último censo do IBGE aponta crescimento da população idosa no país e com isso, aumenta também a necessidade de ampliar políticas públicas em prol desse público.

O último Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o número de pessoas acima de 60 anos, vem crescendo em todo o país. Em dez anos, passou de 11,3% para 14,7% da população. Com essa constatação, aumenta também a responsabilidade das administrações públicas. Neste sentido, um trabalho já vem sendo realizado pela Prefeitura de Campina Grande, através de vários serviços, como forma de estimular ainda mais o incremento de políticas públicas e garantir mais qualidade de vida para as pessoas idosas, que precisam lidar no dia a dia com vários desafios, um deles, é o preconceito.

De olho nessa realidade, a Secretaria de Assistência Social (Semas), por meio do Centro Municipal de Convivência do idoso (CMCI), realizou na última semana, o Projeto de Extensão Promoção da Saúde e Envelhecimento Saudável nas UBSFs de Campina Grande, através do departamento de Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com palestra de sensibilização sobre o “Envelhecimento e o Etarismo:, (termo utilizado para definir uma forma de intolerância relacionada à idade), com tema: Conhecer para Combater esse preconceito, com o objetivo de chamar a atenção de todos e lembrar que qualquer tipo de discriminação, é crime, e deve ser combatido.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Lúcia Patriota, que ministrou a palestra sobre o tema, “é preciso destacar que o Etarismo se evidencia como mais uma violência contra o idoso, na verdade, ele se configura como uma violação do direito dessas pessoas, já que elas tem o direito de viver todas as fases, com respeito e todo cuidado, e é isso que a gente vem tentando passar com as nossas atividades dentro do projeto”, explicou a professora.

Uma das idosas que participa das atividades no CMCI, de 71 anos, admitiu que já sofreu preconceito ao longo da vida, por ser negra e idosa, mas não deu importância, pois sabe o quanto é especial para a família e para Deus. “Já passei por algumas situações como essas, mas o importante, é que vivo a minha vida, e se alguém chegar e dizer que eu não posso fazer algo, aí eu mostro que faço e que sou capaz”, disse a aposentada.

Outra idosa de 68 anos, que frequenta o local, conta que já sofreu preconceito por ser idosa, em bancos, filas preferenciais e até dentro de casa. “As pessoas acham que o idoso é para ficar dentro de casa, não fazer mais nada, parar, né? Mas enquanto houver vida, eu estou vivendo”, destacou

Segundo Gilma Souto Maior, coordenadora do CMCI, é importante levantar a cada dia a bandeira contra o Etarismo. “Ninguém se sente feliz sabendo que está sendo motivo de preconceito. Isso magoa e machuca as pessoas. Nós aqui no CMCI, procuramos sempre mostrar aos idosos, que eles podem fazer tudo que estiver ao alcance deles, dentro, é claro, das limitações. E no que depender de nossa equipe, sempre estaremos trazendo assuntos atuais e urgentes, para que eles possam conhecer muito mais sobre os seus direitos e avançar cada dia mais”, ressaltou a coordenadora.

Codecom

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