No mês dedicado ao autismo, Prefeitura avança nos resultados obtidos com cerca de 30 crianças acompanhadas pelo programa Criança Feliz, da Semas

Equipe formada por sessenta e sete visitadoras do Programa, faz parte do trabalho voltado para a Primeira Infância, especialmente crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Durante todo o mês de abril, a Prefeitura de Campina Grande reforça uma série de ações em busca de conscientizar a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data (2 de abril), é utilizada como um marco, em relação a um trabalho que não para, pois muitas pessoas com autismo precisam ser alcançadas. Todos os dias, equipes de visitadoras do programa Criança Feliz, da Secretaria de Assistência Social (Semas), que acompanham atualmente 34 crianças com autismo, cumprem um importante papel: o de mudar para melhor a realidade de todas elas.

O Programa que conta com 67 Visitadoras, 7 Supervisoras e Coordenação, tem conseguido transformar essas crianças através do desenvolvimento socioafetivo, cognitivo, comunicação e linguagem, coordenação motora, além de ajudá-las a fortalecer vínculos familiares com seus pais ou responsáveis. Um desses exemplos, é o de João Miguel dos Santos, 2 anos de idade, que foi diagnosticado com autismo em outubro de 2022, com 1 ano e sete meses. A mãe, Luzia Ferreira, 22 anos, já era acompanhada desde a gestação pela pedagoga e visitadora do programa, Claudete Ramos.

 

A mãe, conta que a vida dela mudou quando passou a ser acompanhada pelo Programa, principalmente na fase em que descobriu que o filho era autista. Um processo que a fez compreender como lidar com as fases do desenvolvimento do garoto e como dar autonomia para ele. “Graças a esse acompanhamento por parte do Criança Feliz, fomos encaminhados para o Capsinho e lá recebemos o laudo. A nossa visitadora, tem auxiliado nas tarefas específicas com ele, para que passe a se comunicar de forma visual e corporal, já que ele ainda fala com dificuldades. Hoje Miguel já consegue falar ‘mamãe’ e ‘papai’, por causa desses incentivos. Também conseguimos trabalhar a independência dele, como comer, beber e se reconhecer como pessoa”, contou a mãe.

 

A visitadora Claudete Ramos, está feliz em ver o desenvolvimento da criança. “Eu visito a família uma vez por semana. Houve momentos em que a mãe ficava apreensiva, mas eu sempre a encorajava. O Miguel tem avançado muito no desenvolvimento. Quando o ele quer água, pega a garrafa, se alimenta sem a ajuda da mãe e aprendeu inclusive, a pegar a camisa do pai para ele vestir, quando quer passear (risos). Isso tudo é muito gratificante”, disse a visitadora.

 

Segundo a coordenadora do programa, Meruska Aguiar, esse trabalho é importante para somar aos demais resultados, alcançados pelos serviços da Prefeitura, através da Semas. “Nós procuramos acompanhar essas famílias com um olhar um pouco mais amplo e complexo, porque muitas delas não possuem informações, sobre os caminhos que precisam percorrer, para conseguir os direitos que lhe são garantidos por Lei. Por esse motivo, trabalhamos com visitas domiciliares em paralelo com a intersetorialidade, para que essas famílias possam viver com dignidade e mais acessibilidade”, concluiu a coordenadora.

 

Codecom

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