PRATO DO POVO: Restaurante Popular muda rotina de dezenas de famílias e donos de restaurantes no Distrito dos Mecânicos

Acesso da comunidade a refeições de qualidade, tem garantido comida na mesa, principalmente, para quem antes precisava pedir para se alimentar.

Desde a inauguração do Restaurante Popular, em 14 de agosto, a comunidade do Distrito dos Mecânicos e bairros próximos, tem vivenciado uma outra realidade, quando o assunto é o acesso a uma alimentação saudável e de qualidade. Um benefício que só foi possível a partir da inauguração do equipamento, da Prefeitura de Campina Grande, coordenado pela Secretaria de Assistência Social (Semas), que vem transformando para melhor a realidade de dezenas de famílias no local.

Pessoas que vivem em situação de rua, na mendicância, ou famílias inteiras que enfrentam dificuldades em adquirir uma cesta básica, e que não tem acesso a alimentos de primeira necessidade, mesmo que de forma fracionada, como feijão, arroz, açúcar e outro itens. Dados recentes do Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua – Centro Pop, do município, mostram que atualmente, das 318 pessoas que procuram a unidade (que funciona na Feira Central), 272 declaram viver em situação de rua. Sendo 191 do município, 91 migrantes (de outros municípios), e 46 em situação de vulnerabilidade social.

“Entendo que muitas pessoas não conseguem comprar refeições ao preço de 15 reais todos os dias, mas podem pagar um real em uma alimentação de qualidade, servida no Restaurante Popular, e que inclusive dá para dividir entre eles. Somos gratos a Deus pela abertura deste local, esse projeto é louvável e precisamos reconhecer o que vem de bom para o povo”, ressaltou Raimundo Carneiro, dono de Restaurante no Distrito.

Dividindo o pão

Outra forma encontrada pelos usuários para alimentar boa parte da família é dividir a refeição. Essa prática tem sido comum entre os usuários do serviço, uma vez que a quantidade de comida servida no Restaurante é pensada também para este propósito. A dona de casa Daniela Silva, 38 anos, conta que divide em média três marmitas com o marido e mais cinco filhos.

“A quentinha vem muito cheia, então eu venho com dois dos meus filhos para facilitar a quantidade que vamos levar para casa, e lá divido com eles e meu marido, que chega do trabalho. Abrir esse Restaurante foi a melhor coisa que aconteceu em Campina Grande,” comemorou a mulher.

“Esse é um gesto que tem se repetido no Restaurante, já que no momento são vendidas apenas uma marmita por pessoa. Nesse caso, juntam-se mais membros da família, para levar mais de uma marmita e todos ficam satisfeitos, pois tem acesso a uma refeição nutritiva e de qualidade, sabemos o quanto é importante que várias pessoas tenham acesso à alimentação”, ressaltou o coordenador Rondinele Menezes.

Codecom

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