Na tarde desta terça-feira, 19, um grupo formado por nove mulheres, atendido pelo programa Colo pra Mãe, da Prefeitura de Campina Grande, através da Coordenação de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (PCD), ligada à Secretaria de Assistência Social (Semas), participou da Primeira Formatura Colo pra Mãe: Curso de Corte e Costura e Laços para Cabelo. O evento realizado no auditório da Secretaria de Cultura, contou com a participação de Anneliese Cunha Lima, mãe do prefeito Bruno Cunha Lima, que recebeu o certificado de ‘Madrinha da Turma’; e Jones Araújo, representando o Instituto Alpargatas.

De acordo com a coordenadora PCD, Edna Silva, essa é a primeira turma formada especialmente pelo Centro Dia, já que uma outra turma, formada no ano passado, ocorreu em parceria com o Instituto Alpargatas e o Senai, no qual o curso foi proferido pelo Senai. Nessa oportunidade, a capacitação foi realizada no próprio Centro Dia, que funciona no bairro Universitário.

“É imensurável esse momento para todos nós e falo isso não só como coordenadora, mas também como mãe atípica. Todas são mulheres que estavam ‘invisíveis’ para a sociedade e hoje estão recebendo o certificado de conclusão do curso. Só elas sabem o quanto é difícil sair de casa e tentar algo diferente que não seja terapia para os seus filhos”, lembrou a coordenadora.

Ianara Thayse, 30 anos, é mãe de um autista com 7 anos, e ingressou no programa há cinco meses. Ela conta que conheceu o programa Colo pra Mãe, através das redes sociais. “Foi a partir daí que pude conhecer de perto o trabalho que é realizado pelo programa e me identifiquei. Quando abriu vagas para o curso de Corte e Costura, me interessei e hoje estou tendo a oportunidade de me formar”, disse.

Um momento importante também para a professora Ana Paula, que era mãe atípica e perdeu o filho há alguns anos. Ela ministrou o curso de Laços, e hoje faz parte do quadro de colaboradores do Colo pra Mãe. “As mães chegaram com esse desafio de aprender algo e alcançaram êxito. Todas elas hoje estão aptas nesse segmento, para confeccionar laços e obter quem sabe, uma renda extra. Estão todas de parabéns”, disse a professora.

“Temos mesmo a pretensão de resgatar a autoestima dessas mulheres, como também dar uma oportunidade de renda extra, sem que elas precisem estar fora de casa, já que é mais difícil porque precisam tomar conta dos seus filhos. Agora elas podem produzir os seus produtos dentro da sua própria casa, e também vender e se tornarem grandes empreendedoras, sendo donas de si mesmas e protagonistas da sua própria história”, finalizou a coordenadora Edna Silva.

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