Nesta quarta-feira, 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura de Campina Grande por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), através da Gerência da Criança e do Adolescente estará realizando o Fórum de Debate: Nunca será Normal! Diga Não ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com tema “As faces da Violência contra a Criança e Adolescente”. O evento acontece de 8 às 12h, no Teatro Municipal Severino Cabral.

O Fórum que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o tema, será dividido em quatro painéis e vai reunir várias autoridades no assunto, a exemplo do psicólogo Flávio Santos da Semas, que abordará o tema: A Sexualidade: Mitos e Tabus. Em seguida, Jussara de Melo, Diretora (substituta) da Proteção Especial de Média e Alta Complexidade, estará tratando sobre o tema Proteção x Desproteção, no sentido da violência estrutural e institucional.

Na sequência, o juiz titular da Vara da Infância e Juventude, Perilo Lucena, abordará o tema “Desafios da Justiça para o enfrentamento da Violência Sexual”, além da psicóloga Josiplessis Marques que trará a discussão “Conhecendo melhor o perfil comportamental do abusador”. Cada painel terá duração de 30 minutos e ao final todos os assuntos abordados serão avaliados e discutidos.

De acordo com Magliana Leite, gerente da Criança e do Adolescente, “é de grande relevância trabalhar a temática de violação de criança e adolescente contra o abuso e exploração sexual, considerando que este tema é muito temido e velado dentro das famílias, porque é lá que ocorre a maioria das situações.
“Importante principalmente, porque é uma forma de envolver a sociedade que pode estar fazendo a parte dela através de denúncias, e dessa forma, mobilizando os órgãos de proteção e fiscalização, para que tomem as medidas cabíveis em casos de violação dos direitos da criança e do adolescente”, destacou a gerente.

Para o secretário da Semas, Valker Neves, um evento muito significativo, porque trata de um tema recorrente que é a violação dos diretos da criança e do adolescente, uma realidade nua e crua e que não podemos fechar os olhos.

“Lembrando que a data, 18 de maio, foi instituída no ano de 2000, em decorrência do assassinato de Araceli, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Um crime que permanece impune até hoje. Por isso, precisamos levantar essa bandeira e não permitir que fatos como esse se tornem comuns”, frisou o secretário.

O evento dirigido a toda a rede socioassistencial, além de estudantes, profissionais e interessados na área, contará com as apresentações culturais de um grupo de crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos – SCFV, Bodocongó da Semas e de Laíssa Guerreira.