Prefeitura de Campina Grande terá trabalho com venezuelanos Warao, publicado em livro da Organização Internacional para as Migrações e da Agência da ONU para Refugiados

Lançamento que acontece no próximo mês, destaca o trabalho desenvolvido na cidade, através do Serviço de Atendimento do Migrante, da Semas.

No próximo dia 22 de fevereiro, o trabalho realizado pela Prefeitura de Campina Grande, através do Serviço de Atendimento ao Migrante, ligado à Secretaria de Assistência Social (Semas), poderá ser conhecido através do livro intitulado “Caderno de Experiências sobre atendimento culturalmente sensível para indígenas Warao em mobilidade no Brasil”.

A obra que será lançada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Agência da Onu para Refugiados (ACNUR), terá como destaque a atuação de cada município, que tem desenvolvido atendimentos com venezuelanos da etnia warao, om destaque para Campina Grande.

Uma das equipes da OIN, inclusive realizou capacitação presencial na cidade, em março de 2023, junto à toda a rede de assistência, educação e saúde da Prefeitura, tratando sobre o tema. Posteriormente, retornaram à Campina, onde participaram de reunião na sede da Semas e visitaram as instalações do Espaço Humanitário, no Jeremias, onde puderam conhecer de perto o trabalho realizado com os warao.

“Importante destacar que o livro trará um pouco do trabalho, bem como toda a logística que foi ofertada pela Prefeitura, além de um histórico em torno da permanência deles, no período de dezembro de 2019 até setembro de 2023. Um trabalho reconhecido não só pela sociedade civil local, mas pela mídia nacional e internacional, visto que nesse período, recebemos a visita de uma equipe da Tv Bandeirantes e de um site mexicano, que conheceu de perto o trabalho realizado em Campina Grande, reconhecido pelas mídias, como o melhor no Nordeste, em comparação a outras experiências com a etnia warao”, ressalta Thais Lima, coordenadora do Serviço de Atendimento ao Migrante.

Permanência dos Warao em Campina

Desde que chegaram a cidade, em dezembro de 2019, os warao passaram a ser acompanhados pelo Serviço de Atendimento ao Migrante, no Espaço de Acolhimento Humanitário Venezuelano Warao, que funcionava no bairro do Jeremias. Segundo a coordenação do programa, 93 pessoas da etnia warao, passaram pelo serviço, e ao fim do ano passado, chegou ao total de 10 pessoas, as quais deixaram Campina Grande em setembro do ano passado. O grupo seguiu sua característica natural transitória de migração entre as cidades, com o livre direito de ir e vir, garantido por lei, e pode retornar a qualquer momento.

No período em que esteve em Campina, a comunidade foi alcançada com diversos benefícios por parte da Prefeitura de Campina Grande, através da Semas, desde moradia, saúde, alimentação, educação, cultura e lazer. Os adultos foram matriculados na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e as crianças no ensino regular.

Atualmente, o Serviço de Atendimento ao Migrante tem voltado as atenções para outros migrantes Venezuelanos (não indígenas), e outros vindos da Nigéria, Colômbia, Peru, Cuba, no total de 129 pessoas. O trabalho da equipe, composta por cinco pessoas (coordenação, advogada, antropóloga, assistente social e psicólogo), agora está voltado para esse público, com a garantia de acompanhamentos, orientações e encaminhamentos para todos os serviços disponibilizados pela rede de assistência. Segundo a coordenação, atualmente 59 ciganos estão sendo acompanhados pela equipe, onde a maior necessidade deles é na área da saúde e a emissão de documentos. Outros três migrantes foram encaminhados para o mercado de trabalho e um outro, foi inserido no benefício do aluguel social.

“Ressaltamos inclusive a importância dos demais serviços da Prefeitura, encaminharem sempre que houver necessidade, migrantes que cheguem à cidade, para o devido acompanhamento através do Serviço de Atendimento do Migrante, para que dessa forma possamos garantir o direito de cada um”, concluiu a coordenadora, Thais Lima.

Codecom

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