Projeto da Prefeitura garante alfabetização aos usuários da Casa de Acolhida Irmã Zuleide Porto

Iniciativa está sendo colocada em prática há cerca de 1 mês, por um educador que atua na casa, com um grupo de acolhidos, que está aprendendo a ler e escrever.

Qual seria a sua reação se uma pessoa adulta, chegasse para você e expressasse que tinha o desejo de aprender a escrever o próprio nome? Esse foi o principal motivo, que levou a coordenação da Casa de Acolhimento Irmã Zuleide Porto, da Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Assistência Social (Semas), a iniciar há pouco mais de 1 mês, um projeto de Alfabetização na unidade. Um ex-acolhido disse que um dia gostaria de escrever e ler o próprio nome, e essa frase, foi o suficiente para essa iniciativa.

 

A coordenação então resolveu abraçar essa causa, com o apoio do educador Edgard Pereira, que faz parte da equipe multidisciplinar do serviço, e prontamente resolveu iniciar as aulas, às quartas-feiras, com duração de 1 hora, para um grupo de seis acolhidos. Durante as aulas, são utilizadas linguagem mais lúdicas, com imagens ilustrativas e dinâmicas, para facilitar o aprendizado e estimular o conhecimento de cada um.

Também estão sendo utilizados filmes, rodas de conversa e aulas de campo, à exemplo de uma visita ao Museu Digital, para que possam conhecer um pouco da história da cidade. Em todas as aulas a meta é sempre cada um aprender a escrever o próprio nome, de forma a valorizar a identidade. Alguns já conseguem escrever, mesmo que de forma lenta, o próprio nome, algo comemorado por todos.

“Quando cheguei na unidade, ocorreu essa ideia e logo tive o apoio do coordenador, para colocarmos em prática. Um dos acolhidos se interessou e a partir dele, os demais também ficaram interessados. Temos inclusive o exemplo do Senhor Severino, um outro acolhido, que nem conhecia as letras e hoje, já escreve, mesmo de forma incompleta, o próprio nome, um importante avanço”, disse o educador Edgard Pereira.

José Rodrigues da silva, 64 anos, está há 4 meses na casa e conta que não vê a hora de conseguir escrever o próprio nome. “Durante toda a vida, não tive a chance de aprender a ler e escrever, pois sei que isso vai facilitar, quando eu precisar pegar um ônibus; saber para qual bairro vai e coisas simples do dia a dia; que sem a leitura, se torna impossível”, disse o acolhido.

De acordo com o coordenador da Casa, Italo Jerônimo, uma ideia que vem dando excelentes resultados. “Quando tomamos conhecimento que tínhamos alguns acolhidos analfabetos, começamos a pensar o que fazer para ajudar essas pessoas. O nosso educador também abraçou a causa e estamos fazendo esse trabalho, que é muito prazeroso, já que a meta da Prefeitura, é sempre oferecer um sérvio de qualidade, aos nossos acolhidos”, disse o coordenador.

Campanha Biblioteca

Para ampliar ainda mais o Projeto de Alfabetização, a coordenação também está lançando uma campanha interna, para montar uma mini biblioteca na Casa. Quem quiser contribuir, pode doar gibis, revistas, livros, e outros materiais. As doações podem ser entregues na unidade, situada na Rua Dom Pedro II, 970 – Prata. Em caso de doação em maior volume, pode manter contato, através do telefone 3310.6811.

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