PROJETO TILÁPIA: Famílias envolvidas na iniciativa da Prefeitura de Campina Grande, em parceria com a Furne, vivem a expectativa da produção e comercialização de peixes

Nessa nova fase, elas terão capacitações financeira e prática, além de escala específica para dar início à comercialização do produto.

Nesta terça-feira, 20, várias famílias que receberam, em agosto de 2023, o certificado de capacitação no Projeto Tilápia, numa parceria da Prefeitura de Campina Grande com a Fundação da Universidade Regional do Nordeste (Furne) e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), participaram de um novo encontro no Memorial Aluízio Campos, em mais uma etapa do projeto, visando o início dos trabalhos.

Dessa vez, todos puderam constatar o tamanho dos peixes que estão acondicionados em caixas d’agua disponibilizadas no local, como parte do Sistema, também denominado de Aquaponia (sistema que une a piscicultura, com cultivo de peixes, e a hidroponia, com cultivo de plantas sem o uso de solo). Cada caixa pode receber em média 120 peixes, que podem ser classificados em três fases de crescimento (alevino, juvenil e a fase adulta).

Na próxima semana, as famílias passarão por uma nova e breve fase de capacitação, dessa vez sobre regras financeiras, já que serão futuros empreendedores e precisam saber negociar bem o produto. Após essa etapa, todos serão submetidos a uma escala de trabalho, onde 3 vezes por semana, cada família (uma média de 10 cadastradas), estará responsável por monitorar os peixes no local, para em seguida participar do processo de distribuição.

“Nessa terceira etapa, os peixes já estão em fase de amadurecimento e as famílias começam a fazer um treinamento prático-teórico. Elas vão aprender e estarão aplicando na prática. Em paralelo, estarão sendo instruídas em educação financeira, desde a educação básica familiar, até a cooperativa, quando aprenderão todo o universo do cooperativismo. O nosso objetivo é que a assistência social aconteça, gerando renda para essas famílias, de forma autônoma”, ressaltou Uiamara Mirna, coordenadora de projetos e planejamento da Semas.

Uma das mais animadas com o projeto, é a dona de casa Márcia Deise Marques, mãe de cinco filhos, (de 6, 10, 13, 16 e 19 anos). O marido é carpinteiro e atualmente consegue menos de 1 salário mínimo por mês, para o sustento da família, com a venda de frango assado.

“Eu quero obter essa capacitação para toda a minha família, pois precisamos de um sustento melhor. Mas também quero levar esperança para mães da Pastoral da Criança, na qual coordeno um núcleo com 17 mães, que tenho certeza, vão apostar também nesse grande projeto e fazer parte da Cooperativa que estará sendo criada. Quero participar e levar essa excelente iniciativa para beneficiar mais famílias”, disse a dona de casa.

Para o vice-presidente da Furne, Carlos Alan, essa nova fase do projeto é um misto da atividade prática com o conhecimento teórico, precisamos colocar essas famílias em contato com a criação e exploração do projeto, já do ponto de vista da comercialização. “Eles agora devem colocar a ‘mão na massa’, vão criar os peixes e comercializar. E já vislumbramos até outras possibilidades em uma fase posterior, que é o aproveitamento do subproduto da tilápia, que é uma valiosíssima fonte de alimento e de renda”, destacou o vice-presidente.

Participaram também do encontro, o assessor jurídico da Semas, Jolbeer Amorim; Isabel Carvalho, coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) – Aluízio Campos; Bruno Miranda, técnico em Aquaponia (Semas), e Gypson Avin, gerente do Memorial Aluízio Campos.

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