Trabalho realizado pela Prefeitura de Campina Grande com comunidade Venezuelana será destaque na mídia nacional e internacional

Reportagem sobre “Crianças Waraos no Nordeste” produzida no Espaço Humanitário do Imigrante Venezuelano, será exibida na TV aberta e em um site mexicano em agosto

O trabalho realizado pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas) com os venezuelanos Waraos será destaque, em breve, em rede nacional e internacional, através de reportagem especial “Crianças Waraos no Nordeste”, que será publicada no site mexicano Distintas Latitudes, num especial multimídia e através de vídeos para YouTube e Tv aberta no canal Bandeirantes de Comunicação – SP, nos programas Primeiro Jornal e Bora Brasil.

Na última sexta-feira, 02 de julho, o repórter e editor da emissora Evandro Almeida Júnior, esteve na cidade, onde conheceu de perto o trabalho que é realizado no Espaço Humanitário do Imigrante Venezuelano Warao que funciona no bairro Jeremias, por onde já passaram 86 venezuelanos. Atualmente, o Espaço conta com 12 waraos, sendo 2 bebês, 1 criança , 1 adolescente, 4 idosos e o restante adultos. Segundo ele, o projeto “Niñes Waraos en Brasil” ou “Crianças Waraos no nordeste” quer entender como crianças indígenas waraos venezuelanas estão vivendo a pandemia no nordeste brasileiro em especial na Paraíba.

No local, o repórter foi recebido pela equipe multidisciplinar da Semas que acompanha o dia a dia no Espaço, formada por assistentes sociais, advogada, antropóloga e psicólogo. Conheceu também, através de Slides todo o trabalho que vem sendo realizado, a partir da entrega das instalações no final do ano passado, na gestão do então prefeito Romero Rodrigues.

Em relação as crianças e adolescentes, conheceu detalhes sobre o nascimento de um bebê warao em fevereiro deste ano, que recebeu o nome “Maria” e toda atenção especial por parte da equipe. Depois do nascimento da criança, a família migrou para o município de Patos.

A diretora de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, Uelma Alexandre citou na oportunidade, os benefícios que alguns waraos tem direito, como auxilio emergencial, bolsa família, Beneficio de Prestação Continuada (BPC), cesta básica a cada 15 dias e auxilio gás. Citou ainda o cartão-auxilio que recebem de uma Organização não Governamental – ONG, através das Cáritas Internacional, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais). Uelma ressaltou ainda todo o trabalho que é realizado resultando em conquistas diárias da comunidade em Campina Grande.

Samara Almeida, advogada da Semas, que atua diretamente com os waraos, destacou um grande avanço, no que diz respeito ao processo de formação de profissionais de educação em uma escola do município, para receber as crianças da comunidade de 0 a 7 anos, que está em andamento, assim como o trabalho permanente de equipes médicas na UBS próxima, que monitoram a saúde da comunidade e realizam testagem de covid-19 a cada 3 meses.

Sobre o estilo de vida dos indígenas, Raif Nóbrega, psicólogo que realiza escutas diárias com o grupo, cita que o próprio ambiente em que os waraos vivem, é modificado diariamente dentro dos padrões culturais a que estão acostumados. Por isso, podem parecer desorganizados ou insalubres, mas esses espaços são e precisam ser organizados ao modo de vida deles, e envolve inclusive a questão religiosa.

Ao final da reportagem, Evandro Almeida, que possui ampla experiência nesse tipo de reportagem sobre imigrantes, inclusive em países como Egito e México, elogiou o trabalho dos profissionais da Semas, que segundo ele venceram muitas barreiras, inclusive a questão do idioma, para garantir uma melhor assistência aos waraos, facilitando assim uma maior adaptação deles ao Brasil. São povos que viviam dentro da floresta e agora precisam se adaptar ao contexto urbano, sendo necessário um maior apoio e compreensão da sociedade em que estão inseridos, salientou.

De acordo com Evandro, a reportagem sobre os waraos no Nordeste, que deve ser exibida na TV e no site mexicano na primeira quinzena de agosto, é financiada pelo Dart Center for Journalism and Trauma da Universidade Columbia em Nova York e com apoio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (Brasil), Bernard van Leer Foundation (Holanda), Jacobs Foundation (Suíça) e The Two Lilies Fund (Estados Unidos).

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