Usuários do Centro Pop da Prefeitura de Campina Grande participam de ação com temas sobre Higiene, Auto Cuidado e Infecções Sexualmente Transmissíveis

Iniciativa também ocorre em alusão ao Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua, que será celebrado neste sábado (19).

Na manhã desta sexta-feira, 18, um grupo de pessoas em situação de rua, que é atendido pelo Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), que funciona na rua Deputado José Tavares, 278 – Centro, participou de uma roda de conversa, com o apoio da Coordenação LGBT, quando foram exibidos vídeos tratando sobre temas como: “Higiene Pessoal e Auto Cuidado” e “Infecções Sexualmente Transmissíveis” (IST’s).

A ação também ocorre em alusão ao Dia Nacional da Luta da População em Situação de Rua, que transcorre neste sábado (19). Uma data que ficou estabelecida a partir de um fato lamentável, quando sete pessoas em situação de rua foram brutalmente assassinadas e outras oito ficaram feridas, enquanto dormiam na Praça da Sé, no centro de São Paulo.

A ideia inicial com a ação, de acordo com a coordenação LGBT, é chamar a atenção dessas pessoas para os cuidados com a própria saúde, especialmente a saúde sexual; considerando a vulnerabilidade das ruas, que envolve a troca frequente de parceiros; aspectos da higiene sexual; muitas vezes, difícil se serem observados por estas pessoas; além da importância no uso de preservativos, e o surgimento de feridas e infecções.

As informações foram repassadas pelo técnico de enfermagem Jey Costa, que também respondeu alguns questionamentos das pessoas presentes. Um deles é J.G.S, de 48 anos, que vive nas ruas desde os 17 anos, e é natural do distrito de Galante. Ele admitiu não ter vida sexual ativa, mas nunca atentou para a importância em fazer uso de preservativos.

“Não conhecia e nunca usei preservativo. Achei muito importante conhecer um pouco mais sobre esse tipo de proteção. Não conhecia também o preservativo feminino, e se um dia encontrar uma companheira, vou conversar mais sobre o assunto, para que possamos estar protegidos”, disse o homem.

Atentas às explicações, Carmelita Silva, 49 anos, que está nas ruas há 4 anos e é mãe de 3 filhas e avó de 9 netos, conta que não conhecia de perto o preservativo feminino. Diz também que está em uma relação há 3 meses e o companheiro é resistente ao uso de preservativos. “Me chamou a atenção o formato do preservativo feminino, e já que meu companheiro não quer usar, eu pretendo usar, para proteger a minha saúde”, disse a mulher.

“A assistência é muito abrangente e dentro desses cuidados, está a saúde. Por isso estamos aqui para alertar essas pessoas sobre a importância dessa ação, que traz prevenção, orientação e ainda a distribuição de preservativos, no sentido de evitar as doenças sexualmente transmissíveis e até gravidez indesejada. Temos essa preocupação e é importante alcançarmos quem mais precisa”, disse a coordenadora LGBT, Rosangela Lourenço.

”Sempre é importante reforçar esses temas, especialmente com o apoio da Coordenação LGBT que conhece bem de perto essa realidade das ruas, e além disso, os nossos usuários também se sentem prestigiados com toda essa dedicação e atenção com eles, a partir dos demais serviços da Prefeitura”, concluiu a coordenadora do Centro Pop, Mônica Loureiro.

Codecom

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