Usuários do Centro Pop e Irmã Zuleide Porto da Prefeitura participam de Oficina Culinária como forma de resgate à cidadania e incentivo para uma renda extra

Ação, realizada no Centro Pop, ocorre em parceria com uma empresa de consultoria que atua na cidade.

Uma tarde de aprendizado e também de muita descontração. Foi assim a realização da 1ª Oficina Culinária, promovida pela Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), em parceria com a Empresa U2M Soluções, envolvendo um grupo de usuários do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), e da Casa de Acolhimento Irmã Zuleide Porto. A ação ocorreu na sede do Centro Pop, situada na Feira Central.

Durante toda a tarde, equipes e usuários colocaram a ‘mão na massa’, para o preparo de pastéis e de docinhos gourmet. A ideia, de acordo com Uiamara Mirna, coordenadora de Projetos e Planejamento da Semas e proprietária da Empresa de Consultoria, é conquistar a confiança dos usuários dos dois serviços, trabalhando com oficina lúdica. “Uma forma sobretudo de resgatar a cidadania de cada um, já que eles estão sempre sendo servidos e agora, estão tendo o prazer de inverter os papéis com algo produzido por eles mesmo e que pode se tornar uma fonte de renda no futuro”, disse a coordenadora.

Um dos participantes, é Adauto Carvalho, um motorista, de 58 anos, natural do Rio de Janeiro, que há dois meses está acolhido no Irmã Zuleide Porto. Depois que separou há 4 anos da esposa, que mora em outro município, ele veio para Campina e precisou ser acolhido no local, já que estava com dificuldades financeiras. Ele conta que já trabalhou como padeiro e renovou os conhecimentos com a oficina.

“Eu tinha um primo que era instrutor do Senac, e organizava cursos para garçons, e finais de semana ele recrutava esses profissionais para trabalhar em festas. Foi nessa ocasião que acabei atuando também como copeiro e aprendi a preparar salgados, como empada, coxinha. Eu confesso que estava meio perdido, já que não apareceu nada na minha área, mas quem sabe não volto a preparar salgados. Essa oficina veio em boa hora e posso até fazer uma renda extra”, disse Adauto Carvalho.

“Nosso desejo é que eles tenham a oportunidade de se perceber, já são pessoas que se tornam de certa forma, ‘invisíveis’ na sociedade, e agora tem a chance de se ver como pessoas dignas e comecem de fato a sonhar e vislumbrar outras oportunidades na vida. Um momento de descobrir as habilidades de cada um e poder mudar suas realidades, esse é o objetivo”, disse a assessora técnica da Diretoria de Proteção Especial de Média e Alta Complexidade, Dállia Ribeiro.

Outras oficinas

Ainda de acordo com Uiamara Mirna, foi feito um levantamento junto com a equipe do Centro Pop e se percebeu um grande interesse dos usuários. “Estaremos em busca de parceiros que possam contribuir com essa iniciativa. Faremos oficinas de barbearia, manicure, e vamos nos aprofundar mais especialmente na área de culinária, pois temos muito o que explorar junto com todos eles”, finalizou a coordenadora.

Codecom

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